Saúde - Brasil não tem aparelhos homologados para detectar uso de substancias ilícitas por motoristas

23-09-2022 Whatsapp

Créditos: Reprodução/Internet.

Conforme dados da Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox) divulgados nesta semana, em razão da Semana Nacional do Trânsito, quase 60% dos motoristas de ônibus submetidos a exame toxicológico no Brasil testaram positivo para uso de drogas. A cocaína aparece em primeiro lugar entre as substâncias psicoativas consumidas pelos motoristas, em segundo vem os opioide, em terceiro a maconha e a quarta são as anfetaminas, o chamado rebite.

O chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, Lúcio Finkler, relatou que na região de Passo Fundo a substância mais encontrada é o rebite e a cocaína, utilizado pelos motoristas para manter-se acordado por períodos longos. O policial enfatiza que, em condições severas de uso, a cocaína pode provocar alucinações aos motoristas, trazendo perigos para o trânsito.

Em relação a fiscalização, Finkler relata que quando o policial verifica que o motorista apresenta condições alteradas que não são decorrentes do consumo de álcool, o mesmo pode fazer um termo de constatação dizendo que o condutor está dirigindo em condições alteradas por outras substâncias. As consequências são as mesmas que se o motorista estivesse feito o teste do etilômetro e dado positivo. Além disso, o condutor paga multa e dependendo do caso o motorista é apresentado na Polícia Civil. A partir dai o trâmite é exatamente o mesmo quando o condutor que é flagrado alcoolizado ao volante.

O policial relata que existem equipamentos que detectam substâncias como a cocaína e maconha, porém no Brasil não há aparelhos aptos e homologados. A PRF adotou testes com esse equipamento e esses testes fazem parte de um estudo para homologar o aparelho mais adequado que vai passar a fazer parte da rotina da fiscalização policial para, além do álcool, detectar o condutor que está sobre efeitos de substanciais ilícitas.

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