Lagoa Vermelha - Morre Idivar Francisco Appio
31-10-2022 Whatsapp
Morreu, nesta segunda-feira, em Porto Alegre, vítima de um AVC, Idivar Francisco Áppio, homem dos meios de comunicação. Notabilizou-se como narrador esportivo, tendo trabalhado, inclusive, para a Rádio Gaúcha. Além de homem do rádio, trabalhou no Banco do Brasil. Foi deputado Estadual e federal.
Idivar Francisco Appio nasceu em Tupinambá, distrito de Lagoa Vermelha (RS), no dia 24 de novembro de 1947, filho de Luís Appio e de Cebila Brugnarotto Appio.
Estudou na Escola Rainha da Paz e no Ginásio Duque de Caxias, em Lagoa Vermelha. Ainda estudante colaborou no jornal Eco Lagoense e em 1963 ingressou na Rádio Cacique como locutor esportivo. Em 1966 transferiu-se para Vacaria (RS) a fim integrar a equipe da Rádio Esmeralda, e em 1967 mudou-se novamente para Erechim (RS), a fim de realizar a cobertura do campeonato gaúcho de futebol. Em 1976 ingressou por concurso no Banco do Brasil. Trabalhou nas agências de Erechim e Lagoa Vermelha, e em 1978 foi transferido para agência de Vacaria, onde por muitos anos continuaria a atuar nas rádios locais.
Iniciou a carreira política em 1985 no Partido Democrático Social (PDS) do Rio Grande do Sul, legenda na qual concorreu a deputado nas eleições estaduais de novembro de 1986, obtendo a terceira-suplência. No pleito de outubro de 1988, candidatou-se a prefeito de Vacaria, perdendo a eleição por menos de 3% dos votos. Em outubro de 1990 conseguiu se eleger deputado estadual. Foi reeleito em outubro de 1994, dessa vez na legenda do Partido Progressista Renovador (PPR), fruto da fusão do PDS com o Partido Democrata Cristão (PDC). Em outubro de 1998, foi novamente eleito deputado à Assembleia Legislativa gaúcha, agora na legenda do Partido Progressista Brasileiro (PPB), resultante da união entre o PPR, o Partido Progressista (PP) e o Partido Republicano Progressista (PRP).
Em outubro de 2002 concorreu à Câmara dos Deputados na legenda do PPB. Recebeu aproximadamente 81 mil votos e obteve uma suplência. Em 3 de fevereiro de 2003 assumiu como suplente o mandato de deputado federal e, ainda no mesmo ano, tornou-se vice-líder de seu partido, que passou a chamar-se, a partir de abril, Partido Progressista (PP). Também 2003, votou contrariamente ao projeto de emenda constitucional (PEC) enviado pelo governo federal ao Congresso, prevendo, entre outras medidas, a contribuição dos inativos e a instituição de um teto salarial para as aposentadorias dos servidores públicos. Em setembro de 2005, com a indicação de João Augusto Ribeiro Nardes para o Tribunal de Contas da União (TCU), foi efetivado na Câmara. Ao longo do mandato, foi membro titular da Comissão de Viação e Transportes, da comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre o tráfico de armas e da Frente Parlamentar por um Brasil sem Armas.
Em outubro de 2006, concorreu a uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul na legenda do PP e foi eleito com 49.584 votos. Encerrando seu mandato federal em 30 de janeiro de 2007, assumiu dois dias depois sua cadeira de deputado estadual.
Nas eleições de Outubro de 2012, candidatou-se pela segunda vez à prefeitura de Vacaria, mas não obteve sucesso.
Ao longo de sua vida pública, notabilizou-se pela defesa dos direitos dos condutores de caminhão, tendo sido um dos fundadores do movimento SOS Caminhoneiro.
Casou-se com Helena Leonardelli, com quem teve dois filhos.
Publicou dezenas de livros sobre a cultura e a história do Rio Grande do Sul, entre eles Sinval Guazelli: um gaúcho serrano na história brasileira (2004).