Covid-19 - Governo do RS não aceita pedidos de reconsideração e mantém 98% da população em bandeira vermelha

07-12-2020 Whatsapp

Apenas a área correspondente a Taquara está em risco médio de transmissão do coronavírus

Devido à elevação de casos confirmados e de hospitalizações em UTI de pacientes com coronavírus, o Rio Grande do Sul terá 20 regiões em bandeira vermelha — ou seja, com alto risco de contágio e transmissão do coronavírus — nesta semana de dezembro. O mapa do distanciamento controlado foi divulgado pelo governo estadual na tarde desta segunda-feira (7). Nenhum dos pedidos de reconsideração apresentados no final de semana foi aceito pelo governo do RS, que mantém a classificação estabelecida no mapa preliminar.

Apenas a região de Taquara, com oito municípios, está com bandeira laranja. Como as regras de cogestão estão suspensas, isso significa que todas as demais regiões terão de cumprir as determinações estabelecidas na bandeira vermelha.
A classificação, divulgada nesta segunda-feira (7), vale a partir de terça (8) até a próxima segunda (14).
Assim, 98% da população gaúcha está situada em cidades cujo nível de contágio é considerado alto — são 489 dos 497 municípios gaúchos. Estão em bandeira vermelha as regiões de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Capão da Canoa, Ijuí, Palmeira das Missões, Erechim, Uruguaiana, Santa Maria, Lajeado, Santo Ângelo, Santa Rosa, Cruz Alta, Bagé, Santa Cruz do Sul, Pelotas, Caxias do Sul, Cachoeira do Sul e Guaíba.
Desses, 194 municípios (934.765 mil habitantes, 8,4% da população gaúcha) podem adotar protocolos de bandeira laranja, porque cumprem os critérios da Regra 0-0, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias. É necessário, entretanto, que a prefeitura crie um regulamento local. O anúncio desta segunda confirma o que foi adiantado no mapa preliminar para a semana, divulgado na sexta (4), que também colocava 20 regiões na cor vermelha, e a região de Taquara em laranja.
Os oito pedidos de reconsideração da bandeira vermelha apresentados ao governo foram negados pelo Gabinete de Crise em função da contínua redução de leitos livres e do aumento da ocupação de leitos de UTI nas macrorregiões.
“Mesmo que algumas regiões tenham apresentado média final menor do que na semana passada, optou-se pela manutenção das restrições mais severas da bandeira vermelha em um esforço para diminuir o contágio nestes 14 dias”, disse o governo em material divulgado.
Modelo registra piora em todos os indicadores
A decisão de manter as 20 regiões em bandeira vermelha reforça o alerta emitido pelo governo do Estado desde novembro. A equipe que monitora os 11 indicadores do distanciamento controlado percebeu piora em todos eles – entre as maiores variações, estão o número de casos de covid-19 ativos (aumento de 20%), os internados em leitos clínicos com covid-19 registrados nos últimos sete dias (+15%) e os óbitos nos últimos sete dias (+29%).
Conforme o Executivo, é a primeira vez, em 31 rodadas do modelo, que o mapa definitivo tem apenas uma bandeira laranja e 20 regiões vermelhas.
Como o governo optou por suspender a cogestão regional até 14 de dezembro, as bandeiras anunciadas devem ser aplicadas seguindo os protocolos definidos pelo Estado.

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