O Rio Grande do Sul abriu oficialmente a safra 2022 de erva-mate na última semana. Com previsão de colher entre 250 mil toneladas e 300 mil toneladas da folha, a expectativa é que o resultado fique “dentro da normalidade”, diferente dos últimos anos, conforme a Emater.

De acordo com o engenheiro agrônomo da EMATER, Ilvandro Barreto de Melo, as três safras anteriores foram prejudicadas pela estiagem, com colheita menor do que a média do Estado que costuma ser acima de 300 mil toneladas de folha verde.

O agrônomo ressalta que o Rio Grande do Sul possui cinco grandes regiões produtoras: a região de Palmeiras das Missões; o Alto Uruguai, região de Erechim; nordeste gaúcho, incluindo a região de Passo Fundo; Alto Taquari e região de Venâncio Aires, onde ocorreu a abertura oficial da colheita. A região norte do Estado também é caracterizada pelo número de indústrias ervateiras.

De acordo com o engenheiro agrônomo, o Rio Grande do Sul é um grande consumidor. A média de cada gaúcho é de consumir oito quilos por ano de erva-mate. O estado exporta cerca de 35 mil toneladas para 120 países diferentes. Os principais clientes são o Uruguai e o Chile. Fora da América do Sul, Turquia, Síria, Alemanha, Estados Unidos, Canadá e Espanha são consumidores que se destacam também. Nestes países o principal fim para a erva-mate é para a produção de chás e outros derivados, através do extrato da planta.