Economia - Salário-mínimo não aumenta nos mesmos percentuais dos preços e diminui poder de compra, explica economista

20-07-2022 Whatsapp

Créditos: Reprodução/Rádio Uirapuru

A nota de R$ 100 era a de maior denominação quando o Real foi lançado, em julho de 1994. Desde então, perdeu 86,09% de seu poder de compra. Isso quer dizer que, descontada a inflação, a nota de R$ 100 compra hoje o mesmo que seria possível comprar há 28 anos com apenas R$ 13,91.

Em entrevista o doutor em economia e professor da Universidade de Passo Fundo (UPF), Julcemar Zilli, declarou que esse é o efeito que a inflação causa no valor do dinheiro. Aquele poder de compra que uma nota de R$ 100 tinha há 30 anos hoje compra apenas 14% do valor.

Conforme Zilli, as pessoas estão perdendo sua capacidade de compra porque os preços aumentam e o salário-mínimo também, mas não nos mesmos percentuais. Por isso, quando chega o final de um certo período, a defasagem acaba impactando no bolso das famílias. O economista explicou que o aumento do diesel também causa efeito direto no poder de compra das pessoas, porque quando ele aumenta, boa parte da logística brasileira que funciona com o combustível vai ter um alto custo que é repassado ao preço do produto final.

De acordo com Zilli, enquanto não ocorrer uma redução nos preços, seja por “canetaço” do Governo Federal ou por redução no preço do petróleo, um aumento na economia seguirá sendo observado.

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