Foi publicado no Diário Oficial da União no começo da noite desta quarta-feira (29) a exoneração, à pedido, do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. O pedido de demissão do cargo foi feito em carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro. Guimarães, rebateu as denúncias de assédio sexual feitas por funcionárias da instituição e alegou inocência.

“Na atuação como presidente da Caixa, sempre me empenhei no combate a toda forma de assédio, repelindo toda e qualquer forma de violência, em quaisquer de suas possíveis configurações. As acusações noticiadas não são verdadeiras”.

No comando da instituição desde janeiro de 2019, Guimarães pediu demissão após o site noticioso publicar, acusações de funcionárias de carreira da Caixa que o acusavam de assédio sexual. As denúncias de funcionárias embasaram uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) sobre a conduta de Guimarães. Desde terça, sob a condição de anonimato, se tornaram públicos relatos de funcionárias contando ações de Guimarães contra elas.

Segundo o Portal G1, as funcionárias contam, por exemplo, que o agora ex-presidente da Caixa as chamava para o quarto dele em hotéis durante viagens oficiais, pedindo remédios ou carregador de celular. Quando elas chegava, ele as recebia com trajes inadequados. As funcionárias relatam também abraços forçados, em que ele passava a mão por partes íntimas delas. Cinco vítimas e três testemunhas que presenciaram os assédios já foram ouvidas.

A secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec), Daniella Marques, braço direito do ministro Paulo Guedes, foi nomeada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para assumir a presidência da Caixa Econômica Federal (CEF) com a demissão do atual chefe do banco, Pedro Guimarães.