Geral - Cooperativas de vinho propõem reestruturação na relação com terceirizadas após caso de trabalho escravo no RS
07-03-2023 Whatsapp
Após a repercussão do resgate de mais de 200 safristas em condições semelhantes a escravidão em Bento Gonçalves, na Serra do Rio Grande do Sul, a Federação das Cooperativas Vínícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho) avalia que o momento é de “transformação” para a vitivinicultura do estado. Conforme a Federação, novas normas para contratação de mão obra terceirizada serão propostas.
O caso de situação semelhante à escravidão veio à tona quando três trabalhadores procuraram a polícia após fugirem de um alojamento em que eram mantidos contra sua vontade. Uma operação realizada no mesmo dia resgatou mais de 200 pessoas que eram submetidas a trabalho análogo à escravidão durante a colheita da uva.
Os trabalhadores foram contratados pela Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde Ltda, que oferecia a mão de obra para as vinícolas Aurora,Cooperativa Garibaldi,Salton e produtores rurais da região. Eles afirmam que eram extorquidos,ameaçados,agredidos e torturados com choques elétricos e spray de pimenta.
O administrador da empresa chegou a ser preso pela polícia, mas pagou fiança e foi solto. As vinícolas que faziam uso da mão de obra análoga à escravidão devem ser responsabilizadas, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A maioria dos trabalhadores resgatados chegou à Bahia nesta segunda-feira (27). Os demais optaram por permanecer no RS. As verbas rescisórias a que tinham direito já foram pagas, em um valor que, somado, ultrapassou R$ 1 milhão.
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