Fim do suspense: o ex-governador Eduardo Leite é pré-candidato ao governo do Estado. O anúncio foi feito no começo da tarde desta segunda-feira, em coletiva à imprensa. Foram 74 dias depois da renúncia ao cargo de governador, quando Leite tentava se colocar no cenário nacional como candidato à Presidência. A frustração do movimento arriscado, trouxeram o ex-governador de volta ao Rio Grande do Sul, até que, finalmente confirmou qual será seu destino político nas eleições de outubro.

Antes do anúncio, a executiva estadual tucana, lideranças, parlamentares, prefeitos e o atual governador, Ranolfo Vieira Junior, Leite se reuniram para acertar os detalhes do desafio, já que o ex-governador terá que justificar mudança de opinião em relação a reeleição, pois sempre se colocou contra.

“Comunico aos gaúchos e gaúchos que sou pré-candidato ao governo do Estado. Essa é uma decisão coletiva do partido, mas sobretudo com o governador Ranolfo. Ser um candidato a governador e não um governador candidato. Mudei de opinião, mas não mudei de princípios. A renúncia me abria todas as possibilidades”, disse durante a coletiva.

Ranolfo disse que afirmou que sua missão é concluir esse governo e garantir que haja uma continuidade, sem “retroceder”. “O que me move não são vaidades individuais. Entendemos que o nome do Eduardo Leite possa ser o melhor nome do PSDB, dando seguimento a esse projeto. É o que importa para mim”, afirmou.

Outros partidos como União Brasil (UB) e PSD sofrem interferência a partir da decisão de Leite. O UB tem uma ala que quer apoiar Onyx Lorenzoni (PL) e outra que quer se manter com Leite, já que integrou a atual gestão com a ocupação de secretaria. Por sua vez, o PSD quer uma chapa que potencialize a pré-candidatura de Ana Amélia Lemos ao Senado. Se o PSD compor com o PSDB, o Podemos que já declarou apoio a Eduardo Leite deve migrar para outra aliança e o MDBtem chance de ser esse partido, caso também mantenha a candidatura de Eduardo Leite.