Entre 2003 e 2021, o Rio Grande do Sul foi atingido por 4.230 desastres naturais, conforme estudo do governo do estado divulgado nesta terça-feira (22). Nesse período, 89% dos municípios do estado registraram de dois a sete episódios de estiagens, secas, enxurradas, inundações, vendavais entre outros.

O estudo capta com maior nível de detalhe informações a partir de 2017, quando os dados registram danos humanos, materiais, ambientais e econômicos. Desde então, 4.446.284 pessoas foram afetadas de alguma maneira pelas catástrofes e 14 morreram. No recorte dos últimos cinco anos, o estado calcula prejuízos de R$ 22,9 bilhões, principalmente os provocados pelas estiagens do período.

Segundo o governo do estado, o estudo visa auxiliar na promoção de políticas públicas de prevenção a desastres.

“Para que a gente possa prevenir, nos anteciparmos a esses eventos e também ter uma visão geral, sistêmica, do que aconteceu, do que acontece e do que pode acontecer, e nas regiões específicas do estado”, diz o chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil, coronel Júlio César Rocha Lopes.

Inundações e enxurradas

A partir de 2003, o estado registrou 256 inundações em 133 municípios e 801 enxurradas em 324 cidades.

Nas enchentes, as cidades de São Jerônimo, banhada pelo Rio Jacuí, e Montenegro e São Sebastião do Caí, no curso do Rio Caí, foram as mais atingidas.

Granizo e vendavais

Os estragos provocados pelo granizo totalizam 281 ocorrências em 207 municípios. O ano de 2008 foi o com o maior número de registros. Já os vendavais somam 419 ocorrências em 271 municípios.

Estiagens e seca

A falta de chuva também afetou o estado ao longo de quase 20 anos. As estiagens e seca atingiram 464 dos 497 municípios gaúchos em 2.265 ocorrências. O único ano de registro de seca no RS foi 2005, com 154 casos.