De acordo com os protocolos e orientações da 6ª Coordenadoria de Saúde, a Pesquisa Vetorial Especial (PVE) e a aplicação do inseticida só devem ocorrer quando houver notificação de caso suspeito e/ou confirmado, em todo o entorno do domicílio do suspeito/confirmado e na parte externa (do portão para fora) dos domicílios que se encontram em um raio de 150 m do domicílio sob investigação, que é o raio de alcance do mosquito, conforme estudos anteriores.
O inseticida utilizado é fornecido pelo Ministério da Saúde e sua venda é proibida, sendo entregue ao município somente a quantidade necessária para aplicação mediante casos notificados, o que torna inviável a aplicação em todo o município. Trata-se de um produto químico que tem ação sobre o ecossistema como um todo, não podendo ser usado indiscriminadamente, pois sua ação afeta não somente o Aedes aegypti, mas também outros insetos, inclusive abelhas.
O Ministério da Saúde ressalta que o inseticida não causa danos para as pessoas, animais domésticos e plantas em geral, porém, é orientado que no momento da aplicação os moradores fechem portas e janelas para evitar a entrada de insetos, que fugindo do inseticida, possivelmente possam se abrigar dentro dos domicílios.
Também não se orienta a aplicação em todo o município porque o inseticida não tem ação preventiva contra o Aedes aegypti. Tendo em vista que o inseticida não tem ação residual e nem mata as larvas, mas somente o mosquito adulto que esteja voando no momento da aplicação, faz-se necessária a manutenção e intensificação dos cuidados com os criadouros do mosquito, onde os ovos vão ser depositados e vão eclodir em larvas que posteriormente vão dar origem aos mosquitos adultos que, segundo estudos, tem o hábito intradomiciliar, vivendo preferencialmente dentro dos domicílios.
É imprescindível, dessa forma, eliminar todas as formas de criadouro das larvas do mosquito que consiste em todo depósito de água, fixo ou móvel. Se não tiver água parada, não tem larva. Se não tem larva, não tem mosquito e consequentemente, não teremos o risco de infecção por vírus da dengue e outros vírus transmitidos pelo Aedes.
Sendo assim, o inseticida deve ser usado somente nas áreas sob investigação ou de casos já confirmados para bloqueio de transmissão e para controle de surtos ou epidemias, conforme protocolo.
Todas as ações que estão sendo desenvolvidas obedecem aos critérios do Ministério da Saúde e Coordenadoria Regional de Saúde, de acordo com protocolos e notas técnicas emitidas pelos mesmos.
Felipe M. Batistello
Coordenador de Saúde Comunitária e Combate às Endemias
Vigilância Ambiental
Secretaria Municipal de Saúde
Fonte: Asscom Prefeitura de Lagoa Vermelha