Recentemente, o Governo Federal anunciou medidas para baratear o preço dos carros zero-km de até R$ 120 mil.

O representante regional da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Renato Belotti, explica que, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, toda redução de imposto deve ser compensada com aumento em outra área para compensar essa perda arrecadatória. Essa lei serve para evitar que governos municipais, estaduais e federais gastem ou façam reduções sem compensação devida.

Pelo que está circulando, Belotti afirma que essa compensação seria aumentar o preço do diesel para subsidiar o preço dos automóveis. O especialista afirmou não saber se essa será uma medida interessante, já que o maior foco seria ônibus e caminhões. Ou seja: haveria desconto na compra destes veículos, mas aumentaria o combustível deles, o que não é vantagem. Falando apenas sobre os automóveis, Belotti declara que a previsão é de 2% até 10% de desconto, sendo que os carros mais baratos do mercado brasileiro estão na faixa de R$ 68 mil. Como o desconto seria através de uma bonificação para a montadora, o preço ficaria em torno de R$ 60 mil.

De acordo com o especialista, até o momento não há uma vantagem nestas medidas, já que o mês de maio deste ano foi o pior da indústria automobilística desde 2016. Devido a essas notícias sobre as medidas, a população retardou a compra do seu automóvel aguardando a definição delas.

Porém, se elas forem aprovadas e colocadas em prática, Belotti afirma que a tendência é que os carros usados da categoria mais barata tenham redução no preço, dependendo do modelo de carro. Consequentemente, caindo o preço dos novos, o dos usados dessa mesma faixa de preço também cairão.