Saúde - Presidente da Federação das Santas Casas busca uma maneira de pagar o piso nacional da enfermagem

06-09-2022 Whatsapp

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O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu no último domingo (4) a lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, que cria o piso salarial da enfermagem. A decisão vale até que sejam analisados dados detalhados dos estados, municípios, órgãos do governo federal, conselhos e entidades da área da saúde sobre o impacto financeiro para os atendimentos e os riscos de demissões diante da implementação do piso. O prazo para que essas informações sejam enviadas ao STF é de 60 dias. Com isso, até lá, o piso deixa de valer.

De acordo com o presidente da Federação das Santas Casas, Luciney Bohrer, é fundamental reconhecer a importância dos enfermeiros, técnicos e auxiliares na saúde brasileira, como um todo. Ele lembra que essa é uma luta histórica da categoria e os hospitais sempre estiveram ao lado dos profissionais, no sentido de buscar recurso para o piso ser implementado. Bohrer ressalta que os hospitais são favoráveis ao piso nacional, no entanto, é preciso sentar e conversar sobre de que forma será pago e de onde virão os recursos. Conforme o presidente, todos os envolvidos devem participar dessa negociação. Bohrer frisa que muitas instituições de saúde, não apenas hospitais, já relataram dificuldade para cumprir com o pagamento do valor estipulado no piso nacional.

Com isso, quando se diminui o orçamento de qualquer instituição, a saída muitas vezes é readequar algumas coisas. Desse modo, a preocupação é com muitos cortes no setor, que além de gerar desemprego, afetaria o atendimento das pessoas. Bohrer cobra que os agentes políticos, que prometeram a esses profissionais esse avanço salarial, que tenham responsabilidade também para encontrar soluções orçamentárias para que o piso seja concretizado.

O presidente da Federação das Santas Casas ressalta que a entidade já teve quatro reuniões com o Governo do Estado e busca conversar ainda com o governo federal para buscar uma forma de viabilizar o pagamento. O presidente enfatiza que não se pode colocar nas costas da enfermagem a crise do Sistema Único de Saúde, que é histórico. As tabelas do SUS estão desatualizadas, os orçamentos congelados, que culminaram nesta situação.

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